Impossível
Que bom seria que a vontade imperasse.
Ou que a fina pele do teu rosto
obedecesse apenas.
Ou, como dois irmãos, duas crianças
andássemos pelo mundo sós.
Ou que a sorte, o silêncio, a distância de tudo
mais nos unisse.
Que bom seria que acordássemos juntos.
E que no cristal e no azul dos teus olhos
eu me visse.
Que o teu riso - riso humano! - despontasse a Alegria
no meu e em todos
os corações.
Que tivéssemos pressa
de chegar a casa - uma casa à nossa espera
para nos fazer felizes.
Que bom seria que fôssemos felizes!
Que nada no teu rosto transparecesse
desconfiança.
E que a transparência, em suma, e definitivamente
se implantasse - gloriosa - na nossa vida inteira.
Impossível.
Ou que a fina pele do teu rosto
obedecesse apenas.
Ou, como dois irmãos, duas crianças
andássemos pelo mundo sós.
Ou que a sorte, o silêncio, a distância de tudo
mais nos unisse.
Que bom seria que acordássemos juntos.
E que no cristal e no azul dos teus olhos
eu me visse.
Que o teu riso - riso humano! - despontasse a Alegria
no meu e em todos
os corações.
Que tivéssemos pressa
de chegar a casa - uma casa à nossa espera
para nos fazer felizes.
Que bom seria que fôssemos felizes!
Que nada no teu rosto transparecesse
desconfiança.
E que a transparência, em suma, e definitivamente
se implantasse - gloriosa - na nossa vida inteira.
Impossível.
3 de Janeiro de 1976
Raul de Carvalho, in "Desejaria Provar Que Esquecera a Ponto de Já Nem se Lembrar de Ter Tido Qualquer Coisa Para Esquecer"
Autor desconhecido |
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