Na natureza se retratam céus,
expande-se nos céus a natureza –
e em cada relâmpago ou trovão
vejo e sinto, rompendo o espectáculo,
a profecia da eterna ambiguidade
de uma pitonisa, de um oráculo.
Qual a verdade do meu ser, ó Deus?
não me mantenhas sempre na incerteza!
Faz que eu possua ao menos o perdão
do que é talvez normal na puberdade.
Luís Miguel Nava, in "O Perdão da Puberdade", Coimbra, 1974
(obra publicada aos 16 anos, assinando ainda Perry Nava, e mais tarde renegada pelo autor)
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