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QUANTO PUDERES
(1913)
Mesmo se não puderes fazer a vida como a queres,
isto ao menos tenta
quanto puderes: não a desbarates
nos muitos contactos do mundo,
na agitação e nas conversas.
Não a desbarates arrastando-a,
e mudando-a e expondo-a
ao quotidiano absurdo
das relações e das companhias
até se tornar uma estranha importuna.
Konstantinos Kaváfis, 145 Poemas (trad. Manuel Resende), pág. 39, 1ª ed., Flop, Porto, Out. 2017
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